Tuesday, January 31, 2012

Os Profetas Pós-Exílicos

Pelo Rev. Jose Oliveira, M.Div.
profetas das restauracaoApós tragédias vêm períodos de reconstrução. O povo de Israel, como várias nações da Palestina, sofreram a terrível calamidade de serem dominados pelos caldeus e exilados à Babilônia. Mas em menos de um século surgiu a oportunidade para o povo de Israel, retornar à terra natal e reconstruir a nação que havia sido destruída ha mais de 50 anos atrás. A terra era a mesma, mas a situação era diferente. Ali agora estavam vivendo povos que foram exilados de outras nações e havia muita pobreza e oposição à tarefa de reconstruir Jerusalém e o templo. Deus, como sempre, não havia abandonado o povo e levantou ali mesmo, para o remanescente judeu, três profetas que chamamos de Pós-Exílicos: Ageu, Zacarias e Malaquias. Estes, segundo o presbítero Jose Roberto A. Barbosa, “escreveram para confirmar a aliança de Deus com o Seu povo”. Alguns estudiosos também incluem entre os profetas pós’exílicos, o texto chamado “Trito-Isaías” (capítulos 56-66 de Isaías). Mas por ser esta uma inclusão questionada por muitos, não vamos incluí-la neste artigo, estudando somente os três acima mencionados.
Ageu
Ageu foi contemporâneo de Esdras, Neemias e Zacarias. Não se sabe ao certo sua origem, uns acreditando que tenha sido um dos que ficaram em Jerusalém após o exílio, e outros pensam que era um dos que retornaram de Babilônia, no fim do período persa. Segundo Efraim Sanches Pereira, ele profetizou em um contexto de incerteza para a comunidade Israelita devido a crise política que sobreveio ao governo de Dario em 520 A.C. Sua mensagem está ligada à reconstrução do templo, que havia sido interrompida. Ageu exorta o povo a que reconstruam o templo, pois sem o templo, não haveria bênçãos. O livro de Ageu nos mostra como símbolos espirituais são importantes para a religiosidade humana. A reconstrução do tempo era necessária para estimular a fé em Javé, a qual muitos haviam abandonado durante o exílio. Era também um fator importante para a unidade nacional do povo recém havia chegado à terra de seus Pais.
Zacarias
Zacarias também concentrou seu ministério em exortar o povo à reconstrução do templo. Contudo, sua mensagem vem acompanhada de um forte apelo à moralidade e espiritualidade nacional, além de exibir um forte messianismo. Segundo Zacarias Deus lhe falou através de visões, um meio bastante utilizado pela literatura apocalíptica, que se tornará comum na literatura judaica posterior. É no livro de Zacarias que se menciona pela primeira vez entre os profetas a Satanás e sua oposição ao ministério do sumo-sacerdote Josué. Zacarias, sendo oriundo da classe sacerdotal, profere sua mensagem em apoio tanto a Josué, o sumo-sacerdote e Zorobabel, o governador, ambos escolhidos por Deus para liderar o povo neste período. Zacarias pregou aos cerca de 50.000 judeus retornados à Palestina que logo reconstruíram o altar e iniciaram a reconstrução do templo, mas que , nos tempos de Zacarias havia sido interrompida pela conspiração dos povos ali residentes junto às autoridades persas.
Malaquias
Malaquias não é citado por Esdras, razão por que alguns colocam seu ministério em conjunção com o período de Neemias, pois não menciona a restauração do templo, o qual já está funcionando. Sua mensagem visa condenar relaxamento tanto espiritual como social do povo. O nome “Malaquias” simplesmente significa “mensageiro”, daí alguns pensarem que não se trate do verdadeiro nome do escritor, desde que nenhuma outra informação é dada no livro a seu respeito. O livro, normalmente dividido em 6 oráculos, tem diferentes estruturas nas Biblias protestantes e católicas, quando comparadas com a Biblia Hebraica; esta divide o livro em 3 capítulos ao passo que as outras em 4. Alguns estudiosos pensam que o livro tem o estilo de um julgamento do tipo suserano, tratando da quebra da aliança divina. Considera-se que uma alusão a Cristo é feita em 3:1, mas outros pensam que se trata de algum profeta contemporâneo.
Os profetas pós-exílicos enfatizam a restauração espiritual e social na nação de Israel após terem regressado da Babilônia. Eles são um prova de que Deus não abandonou o seu povo, pois ainda se importa com eles e lhes fala através desses mensageiros. Para os protestantes, esses são os últimos profetas canônicos, os mais próximos do Cristianismo. Eles foram os que precederam João Batista e Jesus.
O estudo dos profetas pós-exilicos faz parte dos profetas menores no currículo do Instituto Teológico Simonton. Se você desejaria conhecer mais a respeito dos Profetas em geral, nossos cursos podem ajudá-lo neste sentido. Visite nosso site oficial no link abaixo:
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Saturday, January 28, 2012

Três Fontes de Satisfação na Vida

Por José Oliveira, M. Div.

satisfacao garantidaMuitas pessoas pensam que é demasiado difícil ser feliz na vida. A verdade é que ser feliz o tempo todo não é algo alcançável nesta vida. Jesus mesmo disse: "No mundo tereis aflições." Felicidade depende, talvez, do que as pessoas pensam que vai fazê-las felizes, e, infelizmente, muitos vão descobrir que o que eles achavam que iria fazê-los felizes, não funcionou dessa maneira.

Depois de alguma reflexão sobre esta questão da felicidade, cheguei à conclusão de que é possível ser verdadeiramente feliz neste mundo, apesar de todas as dificuldades que se pode experimentar aqui. Há três principais fontes de felicidade na vida, e se você segui-las, poderá aumentar bastante as chances de ser realmente feliz nesta vida.

Primeiro, as pessoas querem se divertir, e isto as fazem felizes. Uma ética religiosa mal informada irá dizer-lhe que se divertir é ruim. Mas, na verdade, não há nada de errado em se divertir; isto é, se a sua diversão não causa mal ou sofrimento nem a você mesmo, nem aos outros. Lazer é uma necessidade humana, é parte da vida, e que traz equilíbrio entre prazer e dever. O desejo de desfrutar a vida é uma força poderosa para manter os seres humanos produtivos. Muitas pessoas trabalham em empregos que não gostam simplesmente porque lhes garante um meio para aproveitar a vida, fazendo o que realmente gostam, seja isto um passa-tempo, o desfrutar da família e amigos, ou qualquer outra coisa que lhes dê satisfação real. Embora se divertir é parte de ser feliz, você sabe que ninguém pode se divertir o tempo todo. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, a vida não é, e não pode ser, um parque de diversões sem fim.

Portanto, você precisa de algo mais duradouro do que simplesmente se divertir na vida. Aí vem a nossa segunda maior fonte de satisfação na vida: a necessidade de ser capaz de realizar algo realmente importante na vida.Todos necessitam de um alvo importante para a vida. Algo que dê sentido e valor à vida.Ter um objetivo importante na vida pode trazer satisfação, não só quando você finalmente o alcança, mas também durante o processo de alcançá-lo. Conquista é uma fonte de satisfação humana muito importante e aqueles que atingem seus objetivos na vida experimentarão aquela sensação maravilhosa de ter realizado algo importante na vida, pelo menos para si mesmos.

No entanto, existe ainda outra fonte de satisfação na vida, que acredito ser a mais importante de todas - quando você é capaz de fazer uma diferença para o bem na vida de outras pessoas. Mais uma vez, líderes religiosos mal informados vão dizer-lhe que não há maior satisfação do que servir a Deus. Eu concordo. Mas o que significa realmente servir a Deus? O que poderá Deus precisar de nós? Ele não precisa nada de ninguém. Ele mesmo é quem nos dá tudo. Servir a Deus é servir ao próximo, como Jesus disse: "Qualquer coisa que você fizer para um destes meus pequeninos, você terá feito a mim". Servir aos outros é o segredo da verdadeira felicidade na vida. Normalmente, é através da nossa rede de relacionamentos que aparecem as oportunidades para fazer diferença para o bem na vida dos outros. Paremos de usar nossos relacionamentos com fins egoísticos, vamos usá-los para ministrar o bem na vida dos outros. Criar uma família, servir num cargo público, ser um educador, ou simplesmente voluntariar para boas causas, entre muitas outras, são as coisas que, realmente nos dão a satisfação de fazer diferença para o bem na vida do próximo.

Divertir-se é algo que pode lhe fazer feliz por algum tempo, mas, eventualmente, até a coisa mais engraçada perde a graça, e você tem que procurar uma outra fonte de diversão. Suas realizações na vida podem fazer você se sentir orgulhoso de si mesmo e até mesmo atrair a admiração e respeito dos outros, mas uma vez que um objetivo seja alcançado, apenas a busca de outro objetivo pode lhe dar o mesmo tipo de satisfação. No entanto, se você fizer o objetivo de sua vida o de fazer diferença para o bem na vida das pessoas, a satisfação que vem disto permanecerá durante toda a sua vida e mesmo além, na eternidade, porque você só pode ser realmente feliz quando contribui para a felicidade dos outros.

Rev José Oliveira é um pastor presbiteriano, que vive em Chicago, EUA, e diretor do Instituto Teológico Simonton, uma escola on-line oferecendo programas de mestrado, bacharel e cursos básicos em Teologia e Filosofia. Se você quiser saber mais sobre o ITS, siga o link abaixo.

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Saturday, January 21, 2012

Os Profetas Menores

Pelo Rev. Jose Oliveira, M.Div.

PROF_MENORESO mesmo que foi dito a respeito do título “Profetas Maiores”, pode ser dito a respeito do título “Profetas Menores”, isto é, não se pense que por se chamar estes doze livros do Antigo Testamento, “profetas menores”, sejam eles de menor importância. Referindo-se a eles como “menores” se presta a identificar o fato de que o tamanho destes é menor, se comparado com os “maiores”, como Isaías, Jeremias, etc. A coleção vétero-testamentária dos Profetas Menores é de grande importância para a teologia. Através deles temos uma melhor idéia do estado religioso de Israel tanto nos período pré-exílico como pós-exílico, e incluindo informações sobre outras nações em suas relações com Israel. Neste artigo, vamos abordar três aspectos importantes destes livros do Antigo Testamento: organização canônica, períodos abrangidos, e a quem foram endereçadas as suas mensagens.

Comecemos com a organização canônica. Na Bíblia Hebraica, não existe a divisão profetas maiores e menores. Diferentemente das Bíblias Protestantes e Católicas, a Bíblia Hebraica possui somente tres grande divisões: a Torah, os Nevi'im, ou seja, os Profetas, e os Ketuvim, isto é, os Escritos. Os doze profetas menores ali, são considerados um só livro, dentro da secção dos profetas. Esta secção, os profetas, é dividida por alguns estudiosos em Profetas Anteriores, ou seja, os profetas que são mencionados nos livros de Josué – II Reis, e os Profetas Posteriores, de Isaías a Malaquias (sem incluir Lamentações e Daniel), mas, incluindo os doze profetas menores como um só livro.

Quanto ao período abrangido, os Profetas Menores podem ser considerados a partir da seguinte divisão: 1. Pré-Exílicos: (referindo-se ao Exílio a Babilônia): Oséias (Os 1:1); Joel (nenhuma data aparece no livro, e estudiosos o classificam tanto com pré e pós-exílico. Aqui, o classificamos como pré-exílico, seguindo a opinião mais conservadora); Amós (Am 1:1); Obadias (nenhuma evidência específica é dada a respeito da data neste livro, mas estudiosos como Dr. Constable[1], tendem a classificá-lo entre os pré-exílicos); Jonas (2 Reis 14:25); Miquéias (Mq 1:1; Jr 26:18); Naum (escrito antes da destruição de Níneve em 612 A.C; Tebes, mencionado in 3:8’10, caiu em 664 A.C., portanto deve ter sido escrito entre 664-612 A.C); Habacuque (Hb 1:6); Sofonias (1:1); 2. Pós-Exílicos: Haggai (Ag 1:1); Zacarias (Zc 1:1); Malaquias (Em 1:8, encontramos um termo, pehâ, governador, que aponta para o período persa, não somente a palavra, mas também o fato de que em Jerusalém há um governador; além do templo, que já está construído; tudo isso indica o período pós-exílico.

Observar a quem foram estas profecias endereçadas ajuda-nos a entender um pouco da mensagem desses profetas. Há três tipos de destinatários para os profetas menores: 1. O Reino de Judá. Há quatro profetas menores que especificamente dirigiram sua mensagem ao reino de Judá e que pregaram neste contexto: Joel anuncia o juízo de Deus através do Império Babilônico, simbolizado numa praga de gafanhotos; Miquéias era contemporâneo de Isaías e sua mensagem antevia a destruição de Jerusalém; Habacuque escreveu a respeito do domínio dos babilônios sobre Judá. Sofonias, ainda que também prega às nações, porque estas compartilharão a destruição que Judá e Israel sofrerão, debaixo dos impérios assírio e babilônico; 2. O Reino de Israel: Amós, embora originário do reino de Judá, pregou ao reino de Israel. Em seu livro uma há grande preocupação com a justiça social e é o primeiro a se referir ao “Dia do Senhor”, que preanuncia o juízo de Judá e Israel através de impérios gentios; Oséias revela a mensagem de Deus através dos infortúnios de seu casamento(s), teria sido ordenado por Deus a casar-se com uma prostituta para simbolizar a infidelidade da nação de Israel -- cuja destruição é iminente. 3. A Comunidade Judia Pós-Exílica. Três profetas pregaram aos que retornaram a terra de Israel: Ageu, ainda que se referiu à queda dos reinos em poder, sua principal mensagem ao povo foi a exortação para reconstruir o templo; Zacarias está interessado em levantar o ânimo da comunidade, lembrando-os dos erros dos pais e apontando-lhes um futuro glorioso; Malaquias tem sua mensagem lidando com o relaxo religioso que os israelitas estavam vivendo, pouco tempo depois de terem voltado do Exílio. 4. As Nações. Embora vários profetas menores fazem referências às nações à volta de Israel, ou que dominaram a nação em várias épocas, há três deles que tratam especificamente delas: Jonas, ainda que relutante, foi ordenado pregar à capital da Assíria, Nínive, o que a teria livrado de uma prematura destruição; Naum, trata da eventual destruição de Nínive (é discutível qual destruição se refere, se nos dias de Senaqueribe, Assubarnípal ou se pelos Medos Babilônios), que, adiada nos dias Jonas, foi inevitável depois, segundo a profecia de Naum. Obadias, que para alguns era um edomita convertido ao Javismo, foi chamado a profetizar à sua nação, Edom, condenando sua arrogância e violência contra Israel, sua nação-irmã.

Em analisando a mensagem dos Profetas Menores nota-se que há uma preocupação com o levantamento dos impérios mundiais, os quais se tornaram instrumentos de juízos divinos tanto a Israel como Judá, e demais nações. Há também frequente referências às nações vizinhas ou poderes emergentes com os quais Judá e Israel tiveram que lidar. Finalmente, há os profetas pós-exílicos que se ocupam com a Comunidade Pós-Exílica em Jerusalém, encorajando-os na reconstrução da nação.

Os profetas menores trazem uma contribuição importante para a teologia bíblica. Deles aprendemos que Deus não tem favoritos, pois o povo de Deus é tratado como as outras nações quando se afasta dos Seus caminhos. Através deles também nos conscientizamos que Deus soberanamente lida com as nações para o cumprimento dos Seus propósitos. E, por fim, vemos que Deus cuida e encoraja os seus filhos e filhas a prosseguirem em comunhão com Ele, sejam como nação, ou como indivíduos.

O estudo dos Profetas Menores é o assunto de uma matéria específica em um dos programas do Instituto Teológico Simonton. Se você gostaria de conhecer mais a respeito desse impressionante grupo de servos de Deus, considere estudar conosco, matriculando-se em nossa escola, seguindo o link abaixo:

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[1] http://www.soniclight.com/constable/notes/pdf/obadiah.pdf

Monday, January 16, 2012

O Que Dizer aos Ateístas?

Pelo Rev. Jose V. S. Oliveira

atheistSim, é verdade você não pode provar a existência de Deus, cientificamente. Mas, sabe de outra coisa que também é verdade? Você também não pode provar que Deus não existe. A certeza da existência de Deus está em cada ser humano. Você, como um ateísta, pode negar – é o seu direito – mas, eu sei que Deus pôs o conhecimento dEle na personalidade de cada ser humano, pois a personalidade, como um dom de Deus, carrega a marca registrada de Deus – é divina.

Crer o ou não crer em Deus não é uma questão epistemológica, de saber se Deus existe ou não – esse conhecimento é inato no homem. Antes, é uma questão psicológica, pois se refere à capacidade humana de fazer decisões, neste caso, se vai ou não aceitar a existência de Deus. Ateus são pessoas que decidiram não crer na existência de Deus, pois como é possível não crer no que não existe? Assim, para que o ateu possa dizer, “Eu não creio em Deus” ele tem que aceitar o pressuposto da existência de Deus, ao menos em teoria – e aí está formulada -- mesmo para o ateu, a idéia de Deus, a qual ele rejeita, dizendo, “não creio nisto”.

Crentes ou ateus, todos nós sabemos que todas as coisas demandam uma origem primeira. Quando era criança, brincava com os amigos de “porque dos por quês”. Esta brincadeira consistia simplesmente em perguntar “por que?” a tudo que o companheiro dissesse. O resultado era que, se levássemos a brincadeira longe suficiente, a pessoa teria que responder ou, “não sei”, ou “porque Deus quis, ou fez”. Continue se perguntando sobre a origem última das coisas e você chegara à conclusão de em algum momento deve ter havido uma causa não-causada. Esta causa é Deus. Ou, você pode dizer, que esse processo se repete “ad-infinitum”, e aí, também encontrará Deus, pois Deus é o Infinito.

A maioria dos ateus tem um deus, ao quais alguns admitem, mas outros não. Na verdade, os ateus possuem um de dois de seus deuses, ou seja, eles mesmos, ou a Ciência, melhor qualificada com pseudociência. Recentemente, conversando com alguém que se diz ateu, ele me disse, “Eu sou Deus, eu sou o meu Deus”. Chamo de pseudociência, o conjunto de teorias científicas que os ateus reúnem para negar a Deus, porque a verdadeira Ciência não se ocupa em provar ou negar a existência de Deus porque Deus não é um objeto científico, é objeto da religião, da fé.

Sendo como sou, um fã inveterado da Humanidade, admiro os seres humanos em alto nível. Nós somos a coroa da Criação ou da Evolução, se assim desejam entender os ateus. Admiro os ateus porque são pessoas que realmente pensam. Infelizmente, chegam a conclusões erradas no que é básico e primordial, como a existência de Deus, mas ateus possuem muitos argumentos válidos nas áreas de humanidades, principalmente economia, filosofia, sociologia e psicologia. Ateus, são uma classe de seres humanos que melhor utilizam um dom de Deus – suas mentes. Neste aspecto, eles são uma prova viva da existência de Deus.

Mas tenho certa dificuldade com alguns tipos de práticas (não posso chamá-las de argumentos, pois na realidade não são) que utilizam para enfatizar os seus pontos de vista. Uma dessas práticas, em meio de sarcasmo, ironia, é tentar ridicularizar a posição contrária, em vez de apresentar argumentos sólidos. Eu sei que ridicularizar é um recurso utilizado nos debates quando uma parte se encontra sem argumentos. É chamado o argumento do desespero. Tenho visto isto apresentado no Facebook, ultimamente, por algumas pessoas que se dizem ateus. Talvez seja por que eles não creiam em um juízo divino que pensam que podem tratar as demais pessoas e as suas convicções religiosas com desrespeito. Pergunto: por que os ateus não ajudam um pouco a Evolução e tentem ser tornar melhores seres humanos, respeitando os seus semelhantes, mesmo que pensem diferentemente?

Minha intenção não é condenar os ateus... Afinal, cada qual é livre para tomar as suas próprias decisões. Se você é ateu e decidiu não crer em Deus – isso é terrível e triste, mas é sua decisão e você é quem deverá viver com ela, e, ao fim desta vida, comparecerá na presença de Deus para justificar sua escolha. Sim, isso mesmo: o fato de que você diz não crer em Deus não significa que ele não exista. Eu posso dizer o quanto queira que não sou, ou não me considero filho de meu pai, mas isso não muda o fato de que ele me gerou. Assim também com Deus, negue o quanto quiser, mas isso não faz nenhuma diferença à verdade de Deus existe. Oh, sim, não é somente a minha opinião, é a minha a e a de bilhões de pessoas neste planeta, que, para os ateus, estão todas equivocadas... Mas, se ainda fosse somente a minha opinião, creio que ela tem o mesmo peso e valor do que a sua, no mínimo. E assim, como respeito a sua pseudo-incredulidade, gostaria que respeitasse a minha crença.

Temas como a existência de Deus são discutidos em Teologia Própria, em uma secção chamada Prolegomenos, onde os argumentos pró e contra Teísmo são apresentados. Também se estuda em Apologética, uma prática que a às vezes faço minha, mas não muito à vontade porque alimenta o conflito. O Instituto Teológico Simonton possuem matérias como as referidas que discutem a existência de Deus, através das quais o estudante que se prepara para o ministério poderá fortalecer as suas convicções deístas. Se você gostaria de saber mais a respeito de nossa escola, clique no link abaixo:

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Saturday, January 14, 2012

Adoração como Homenagem a Deus

 
Artigo pelo Rev. Jose Oliveira, M.Div.

prostrado_fundo_brancoAnos atrás, ainda quando vivia em meu país, Brasil, eu ouvi pela primeira vez um hino de adoração que tocou e tem tocado muitíssimo meu coração, ao longo dos anos. O hino se chama “A Deus, seja a Glória” e o refrão repete: “A Deus seja a glória por tudo que Ele tem feito”[1]. Quando vim aos Estados Unidos estudar para o meu Mestrado, fiz uma matéria sobre Adoração, e no trabalho final apresentei um conceito de adoração como “Tributo”, lembrando-me daquele hino cujo nome oficial em Inglês é “My Tribute”, “Meu Tributo”. Minha exposição ainda que estudantil, recebeu uma avaliação laudatória do professor, dizendo que tinha “mérito”, isto é, que era procedente e argumentável. Não creio que o conceito fosse original, pois se o fosse eu não o teria encontrado em uma canção traduzida para o Português. Mas creio que é um dos conceitos mais próximos do que a adoração realmente é. Porém, depois de anos refletindo sobre o conceito “tributo”, em si mesmo, vi que ele também contém aspectos que se distanciam da natureza própria da “Adoração”, tal como o sentido de “pagamento obrigatório” a um governo ou soberano. Assim, busquei nesta palavra aquele sentido que mais se enquadrava à verdadeira adoração a Deus, e encontrei que adorar a Deus é basicamente “homenagear a Deus”. Por isso, gostaria nesta oportunidade analisar adoração a Deus como uma homenagem, por que homenagem inclui os sentidos que me impressionaram no conceito de "tributo", mas deixa fora o aspecto compulsório.

Primeiro, adorar a Deus, como uma homenagem, significa o reconhecimento de que Ele merece a nossa adoração. Uma homenagem é feita para reconhecer o mérito que uma pessoa possui em sua personalidade ou pelos seus feitos. Ao contrário do tributo, cuja expressão inclui o senso de obrigação, uma homenagem é um ato voluntário, resultante do conhecimento e relacionamento com o homenageado; no caso de Deus, adorar através de homenageá-lo, decorre da contemplação e comunhão com Ele com o sentido de exaltação. Adorar a Deus é reconhecer que a Sua pessoa e os seus feitos são incomparavelmente perfeitos, e esta conscientização causa o desejo de homenageá-lo de livre e espontânea vontade. Homenagem é cabível a Deus pelo seu aspecto voluntário. Se alguém pede, requer ou obriga ser homenageado, todo o valor de tal homenagem se perde nesta requisição. Deus não pede ou requer nossa adoração, mas Ele a aceita e se alegra com ela, quando sincera e genuína. Adoração também não é compatível com o sentimento de culpa ou obrigação que possa residir no adorador. Tais sentimentos maculam a genuína adoração, pois sua motivação primeira não seria Deus, mas o sentimento de obrigação que se instalou no adorador. A contemplação da pessoa e dos feitos de Deus pode produzir um sentimento genuíno de gratidão no adorador, o qual Deus certamente aceita, mas a mais pura adoração vem do sentimento de uma sobrepujante admiração pela pessoa de Deus.

Segundo, adorar a Deus como uma homenagem é resultado de um relacionamento pessoal com Deus. Embora Deus possa ser visualizado como muito mais do que uma pessoa, pois Ele é o Centro e a Fonte de tudo que existe, certamente Ele se revelou às suas criaturas basicamente como uma pessoa na figura de Pai. Deus, em sua infinitute, pode ter relacionamentos não-pessoais com seres-não pessoais e estes também o adoram; primeiramente, com o seu simples existir, e talvez de outras maneiras que só Deus possa perceber. Contudo, é através de nossa personalidade, que nós, seres humanos, adoramos a Deus – como pessoas. Deus nos criou à sua imagem e semelhança, como pessoas para que pudéssemos nos relacionar com Ele como pessoas. Homenagear a Deus na adoração, como pessoas significa que utilizamos as faculdades de nossa personalidade ao adorá-lo. Antes de qualquer coisa, o adoramos com entendimento. Ainda que não compreendamos tudo a respeito de Deus, aquilo que compreendemos é suficiente para produzir em nós o desejo de adorá-Lo. Também o adoramos como indivíduos, isto é pessoas únicas, distintas de quaisquer outras em todo o Universo. Deus se regozija em receber a adoração de cada um dos seus filhos e filhas porque cada um nós é um ser único em sua presença. Por fim, adorá-lo como pessoa significa uma adoração livre, isto é, originada espontaneamente em nossa vontade. É uma escolha livre e pessoal. Homenagear a Deus como pessoa, só pode acontecer no contexto do relacionamento pessoal. Sem comunhão pessoal com Deus, não pode haver genuína adoração.

Terceiro, adorar a Deus é uma homenagem sem pretensões de retribuição. Retribuição é uma lei universal. Isto é declarado na lei da Física que diz: “toda ação provoca um reação de igual intensidade”. Porém, na Religião, muitos têm usado o conceito de retribuição como uma estratégia de troca, na qual o religioso, através de sua devoção espera receber, em troca, um benefício da deidade adorada. A genuína adoração não é compatível com este conceito de adoração, pois a autêntica adoração não espera nada em retorno; mesmo o prazer de se adorar, o qual, ainda que presente na adoração, não deve ser o motivo da mesma. A adoração busca nada mais que a exaltação exclusiva da pessoa de Deus. Homenagem a Deus como adoração, particularmente cabe a este propósito, pois da mesma maneira que requerer uma homenagem deturpa a mesma, também o esperar retribuição pela homenagem prestada, a invalida como uma autêntica homenagem. Deus não vai lhe dizer “obrigado” pela sua adoração, pois nada o obriga a nada, e o adorador nada deve esperar de sua adoração – esta, por si mesma se basta. A adoração a Deus, como uma homenagem deve ser desinteressada, sem segundas-intenções ou pretensões. Por isso, quando adoramos a Deus, devíamos nos abster de fazer petições -- somente louvor.

É maravilhoso saber que podemos adorar a Deus desta maneira, conscientemente, pessoalmente e desinteressadamente. E assim podemos porque fomos criados por Deus com esta capacidade. Deus não nos criou porque Ele tinha qualquer tipo de necessidade, ou seja, Ele desejava ser adorado pelas suas criaturas. Deus é absolutamente suficiente. Ele não necessita de nossa adoração; mas, interessantemente, a aceita e se regozija com ela. Assim, se existe um propósito na adoração a Deus, este deveria ser o de agradar a Deus, e isto, não se limita a lugar e tempo designados para o que chamamos adoração, mas deve ser praticado a todo o momento pelo desejo de agradar a Deus em fazendo a sua vontade.

Adoração é um dos temas estudado amplamente no Instituto Teológico Simonton em várias disciplinas, mas, especialmente no Bacharel de Honra, o aluno terá oportunidade de fazer uma matéria chamada “Liturgia”, na qual o tema “adoração” recebe uma atenção especial. Adoração é um tema bastante importante dentro do estudo teológico. Se você gostaria de saber e aprender mais sobre isso, considere estudar no Instituto Teológico Simonton, clicando no link abaixo:
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[1] http://www.youtube.com/watch?v=QxBpqChwuRU.
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Thursday, January 12, 2012

Crente Cola na Escola?

 
clip_image001Pelo Rev. Jose Oliveira, M.Div.
Confesso que já colei na Escola. Mas àquela época, no colegial (ainda não se chamava Segundo Grau), eu não havia aceitado a Jesus como meu Salvador e Senhor. E depois, colei alguma vez? Não, nunca. Mas tristemente tenho que revelar que tenho visto nos bancos dos seminários que frequentei, muitos seminaristas colando nos exames. E ai, como é que fica? Eu atribuo estes deslizes assim como outros, à imaturidade dos jovens crentes, que embora chamados ao pastorado, não eram pastores ainda...

Cola na escola era sempre assunto na Escola Dominical e nas palestras dos acampamentos que frequentei. Se me lembro bem, havia três razões por que não colar na escola, todas elas enfatizando que era mesmo, pecado. Alguns podem não concordar em trazer todo o peso do conceito “pecado” para a cola, porque, pecado, em última análise significa rebelião consciente e definitiva à pessoa e ao amor Deus. Mas eu diria que não há dúvida que colar na escola revela uma fraqueza espiritual. Vejamos que tipos de raciocínios estão por detrás da cola na escola:

Primeiro, o crente, ou qualquer outra pessoa que cola na escola, pode pensar que “os fins justificam os meios”. Os fins não justificam os meios, os fins determinam os meios. Se o fim é nobre, os meios devem também ser nobres. Adquirir uma educação escolar é pressupostamente, um fim socialmente nobre, portanto, os meios para adquiri-la devem ser nobres também. Mas, ao final, nobreza é uma questão de caráter e caráter não se forja de um dia para o outro, vem com a maturidade.

Segundo, o crente ou qualquer outra pessoa que cola na escola, pode pensar que “Ninguém vai saber”. Recordo que quando no seminário, alguns professores tinham tanta confiança nos alunos seminaristas que entregam a prova à classe e saiam da sala, pois tinham consciência de que estavam lidando com futuros pastores e lhes dava um voto de confiança, que, como disse, alguns traíam. Alguns professores que não saiam da classe, sabiam quais alunos estavam colando, mas nada diziam, pois sabiam que estes futuros pastores deveriam acertar isso com Deus. Mas alguns alunos quando a cola era muito evidente, eram chamados à reitoria para “aconselhamento”. É engano do aluno pensar que “ninguém vai saber”. Bons professores sabem, na maioria das vezes, quando um aluno está colando. E, ademais, há muita gente que sabe: o próprio aluno, o Espírito de Deus, os anjos (invisíveis ao redor), outros alunos, ao redor... Como Jesus disse, não ha nada que seja oculto que não será revelado.

Terceiro, o crente ou qualquer outra pessoa que cola na escola, pode pensar “É só desta vez...” Não há dúvida que repetir o mal praticado uma vez, é pior do que praticá-lo uma só vez, no sentido de que o dano pode ser menor. Mas a verdade é que a nossa natureza animal gosta das coisas que adquirimos sem esforço, e certamente colar uma vez será uma tentação para repetir outras vezes. Se não temos a força para dizer não a uma ação questionável agora, quem nos garantirá que a teremos depois? Pelo contrário, aceder à fraqueza nos faz ainda mais fracos. Essa é a razão por que é tão difícil abandonar os vícios. É melhor fazer a escolha certa da primeira vez, pois o que é certo fortalece o caráter.

Existem outras justificativas dadas por alunos para a cola na Escola. Mas diga o que se diga, cola não deixa de ser mentira, desonestidade e ofensa à credulidade alheia. Quanto mais se cola, menos se confiará nos estudantes. Colar não é só trazer as respostas prontas num papelzinho ou escrevê-las em qualquer parte do seu corpo. É também utilizar o trabalho de outros, como escritos, livros, etc., como se fossem seus, sem revelar e dar crédito ao verdadeiro autor, a isso chamamos de plágio, a “cola” de muito estudante universitário.

No Instituto Teológico Simonton somos sérios a respeito de plágio. A cola tradicional não ocorre em nossa escola, pois todas as provas são de “livro aberto”, isto é, de livre-consulta. Mas quando alunos utilizam informações de outros como se fossem suas, temos para isso, tolerância zero, e qualquer trabalho assim apresentado terá que ser refeito. Em nossa escola temos três grandes “Nãos”: 1. Não Aceitamos Plágio, 2. Não Aceitamos Experiência Como Crédito Acadêmico e 3. Não Vendemos Diplomas. Se você gostaria de estudar Teologia em uma escola séria, considere o Instituto Teológico Simonton, visitando o nosso website:
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Monday, January 9, 2012

EMOÇÕES

Pelo Rev. Jose V.S. Oliveira, M.Div.
As origens das emoções são estímulos à nossa personalidade. Existem três tipos de estímulos que podem causar emoções: físicos, mentais e espirituais. Cada um desses estímulos pode causar sentimentos de alegria ou tristeza, os quais alteram o estado normal da consciência requerendo atitudes volicionais (isto é da vontade, decisões e ações) que os aceitam ou rejeitam. Por exemplo, um golpe físico que causa dor, causará tristeza, e pode levar à ação de rejeitar esse sentimento inconfortável através de mover-se para longe to instrumento que causou a dor, ou reclamar, gritar, chorar para aguentar a dor. Todos os estímulos são processados pela mente, onde são interpretados e etiquetados como bons ou maus e demandam atitudes ou ações de aceitação ou rejeição. Por exemplo, o estímulo físico de ouvir uma declaração de amor do tipo “Eu te amo, mamãe”, geralmente é interpretado pela mãe como um bom estímulo e pode levar a mãe a decidir abraçar e beijar o filho que fez tão amorosa declaração. Contudo uma declaração adversa, como uma expressão de desobediência pela criança, pode levar a mãe a tomar uma ação de rejeição e mesmo disciplinar o filho ou a filha fisicamente.

Estímulos Físicos
Estes estímulos causam emoções através dos cinco sentidos, tato, olfato, audição, visão e paladar. Nossa mente traduz esses estímulos como bons ou maus, causando sentimentos agradáveis ou desagradáveis, e propõe um curso de ação que requer uma atitude ou ação, a qual o “eu” decidirá executar ou não. Ressaltemos que a noção de “bom” ou “mal” é inteiramente relativa aos valores ou padrões éticos que cada pessoa aceitou em sua vida. Por exemplo, se uma pessoa assumiu em sua vida que todas as pessoas são mentirosas e que querem, ultimamente, ferir aos outros, essa pessoa receberá qualquer demonstração de afeição com reservas e reagirá adversamente do que normalmente esperado. Por isso, é importante possuir valores éticos que o ajudem aceitar e entender a origem, natureza e propósito dos estímulos para reagir a eles adequadamente. Aqueles instintos que são biologicamente adquiridos como o instinto de sobrevivência ou instinto sexual, também podem ser classificados como estímulos físicos

Estímulos Mentais
Emoções podem ter origem tão somente no domínio mental. A mente é uma faculdade imaterial que transforma os estímulos do cérebro em pensamentos, agrupando-os conforme suas origens e tipo. A certa idade, esses pensamentos possibilitam o aparecimento de uma identidade (o “eu”) que os utiliza para tomar decisões. É aí que a consciência de si mesmo aparece e o indíviduo passa a ter uma “vida mental” por si mesma. Assim, uma pessoa pode experimentar emoções de prazer ou dor exclusivamente em decorrência de processos mentais. Por exemplo, lembrar-se de uma situação triste como o passamento de uma pessoa querida, pode causar tristeza e levar uma pessoa a chorar.

Estímulos Espirituais
Ainda que não reconhecido por alguns, os estímulos espirituais existem e são percebidos pela personalidade humana em diferentes níveis. Os estímulos espirituais têm sua origem em fenômenos de ordem espiritual. A presença de Deus em todo lugar é um estímulo espiritual em todos os seres humanos percebidos naturalmente pela personalidade, que é um dom de Deus. A presença do Espírito de Deus na mente dos seres humanos também produz estímulos de ordem espiritual e mental que são processados pela alma e/ou mente do individuo, também causando emoções de acordo com os valores éticos previamente aceitados. E por fim, a presença de seres espirituais como os anjos ao nosso redor, também interagem com nossa personalidade, podendo causar reações e emoções diversas, às vezes de prazer e às vezes de medo.

Emoções são fenômenos muito importantes em nossa personalidade. Dependendo de como as dirigimos, podemos nos tornar melhores ou piores pessoas neste mundo. Agir exclusivamente pela influência de uma determinada emoção nunca é bom. Emoções requerem ações que devem ser pesadas pelo raciocínio e examinadas pelos princípios éticos que cada um possui. Mas principalmente, as emoções devem ser examinadas se procedem exclusivamente de nossa natureza animal ou se vêm do Espírito de Deus que habita em nós. Qualquer emoção, não deve ser dada livre extravasamento, pois nossa natureza física sempre desejará mais do que causa prazer, ad infinitum, e via de regra, rejeitará o que causa desconforto. Contudo, prazer e dor não devem ser critérios para decisões, mas sim, nossos valores éticos, por isso, qualquer emoção deve ser controlada, mesmo aquelas emoções de ordem espirituais.

As emoções, suas origens, naturezas e propósitos, são estudados principalmente nas matérias relacionadas com Psicologia. Na área de Humanidades, o Instituto Teológico Simonton oferece a matéria Introdução à Psicologia como integrante do preparo do aluno para o ministério. Se você deseja conhecer mais a respeito de nossa escola, siga o link abaixo:
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Friday, January 6, 2012

Comparando a Bíblia Hebraica com o Antigo Testamento

Pelo Rev. Jose Oliveira, M.Div.
comparandoSão a Bíblia Hebraica e o Antigo Testamento, iguais? À parte do fato que o Antigo Testamento do Cristianismo é uma apropriação traduzida da Bíblia Hebraica, existem diferenças na classificação e organização dos livros entre as duas versões. Em outras palavras, o Antigo Testamento, especialmente o utilizado pelos evangélicos[1], é a mesma Bíblia Hebraica, mas organizado diferentemente. O nome da Bíblia Hebraica em Hebraico, não é, como muitos pensam, Torah; este é o nome dado a uma das suas divisões, algumas vezes tomado pelo todo. O nome da Bíblia Hebraica é Tanakh (Hebrew: תַּנַ"ךְ‎, pronuncia-se [taˈnaχ]). Essa palavra é um acróstico formado das primeiras letras das três principais divisões da Bíblia Hebraica, A Torah ("Ensino", também referido como Os Cinco Livros de Moisés), Nevi'im ("Profetas") and Ketuvim ("Escritos")—daí, TaNaKh[2]. A Tanakh é também referida por dois outros nomes: o Texto Massorético (uma alusão aos massoretas, os escribas que inseriram as vogais no texto hebraico consonantal), e "Miqra" (מקרא), que significa "aquilo que é lido", sendo este último um termo alternativamente usado à Tanakh.

Assim, a Bíblia Hebraica se divide em: 1. Pentateuco, ou Torah, ou os Cinco Livros da Lei (5 livros); 2. Os Profetas (8 livros) e 3. os Escritos (11 livros). A primeira seção é igual em ambas as Bíblias, Cristã e Hebraica; a segunda, na Bíblia Cristã divide em Profetas Maiores e Menores. Na Bíblia Hebraica a secção Profetas contém apenas 8 livros, e ali são também incluídos como profetas, Josué, Juízes, Samuel e Reis, (estes dois últimos reunindo os quatro livros na divisão na Bíblia Cristã). Nesta divisão da Tanakh há uma secção contada com um só livro, chamada Os 12 Profetas (os mesmos 12 Profetas Menores da Bíblia Cristã). Além disso, Daniel não é incluído entre os Profetas, mas posto na terceira divisão, os “Escritos”. Esta divisão na Bíblia Hebraica está dividida em três outras seções: a. Os Livros da Verdade, incluindo Salmos, Provérbios e Jó (nesta ordem); b. Os Cinco Rolos, incluindo os Cânticos de Salomão, o Livro de Ruth, Lamentações, Eclesiastes e Ester. c. O Restante dos Escritos, que inclui Daniel, Esdras-Neemias (ou I e II Esdras ) e Crônicas (reunindo em um só livro I e II Crônicas. Por conta das juntadas acima mencionadas, os 39 livros do Antigo Testamento na organização cristã, são originalmente apenas 24 na Bíblia Hebraica.
 
O valor dessa comparação não é somente histórico e literário, mas também sugere alguns aspectos teológicos. Primeiramente, essa divisão revela o pouco interesse que os Hebreus tinham em História per se. Enquanto muitos livros na organização do Antigo Testamento são chamados históricos, na Bíblia Hebraica nem ao menos encontramos tal divisão. Em segundo lugar, o conceito de profeta e profecia parece mais expansivo na visão hebraica do que na Cristã, pois na Tanakh, na seção Profetas são incluídos livros que não são considerados como profetas no Antigo Testamento da Bíblia Cristã. Por fim, um livro que, nós, cristãos, consideramos profético, o Livro de Daniel, não é listado entre os livros proféticos na Bíblia Hebraica, mas sim, com os Restante dos Escritos, que poderiam ser compreendidos como os “ultimos escritos”. A Bíblia Hebraica coloca Daniel juntamente com Esdras, Neemias e Crônicas, todos escritos pós-exílicos, talvez com isto querendo sinalizar o que biblicistas evangélicos conservadores resistem a admitir, que o Livro de Daniel é de origem pós-exílica, não exílica, como desejam aqueles.

As cinco grandes divisões da Bíblia Cristã são: 1. Pentateuco Gn-Dt, 2. Históricos Js-Et, 3. Poéticos Jó-Ct, 4. Profetas Maiores ls-Dn, 5. Profetas Menores Os-Ml. Algumas vezes, nesta divisão, não se sabe em qual gênero literário classificar um livro como Lamentações, pois ainda que seja um livro poético, vai classificado entre os Profetas Maiores. De uma maneira, geral, a classificação cristã, organizando primeiro  segundo o critério tópico e depois histórico, é mais prática ao leitor. Contudo, não deixa de ter suas dificuldades. A classificação hebraica em grande medida respeita a tradição, isto é, em como os diversos livros foram considerados e arranjados pelos antigos. Ambas possuem seu valor, ainda que são algumas vezes contraditórias. Para alguns, seria melhor classificar o Antigo Testamento de acordo com a origem histórica de seus escritos, mas nem sempre tal determinação é possível, ou nem sempre um acordo é possível a tal respeito.

Se você deseja conhecer mais sobre as características particulares de cada uma dessas versões, do Antigo Testamento e da Bíblia Hebraica, o Instituto Teológico Simonton tem várias matérias que tratam desse assunto, como por exemplo, Introdução ao Antigo Testamento, Exegese no Antigo Testamento, Manuscritos do Antigo Testamento, e outras mais. Para maiores informações, dirija-se a:
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[1] A Bíblia Católica contém 7 livros a mais que o a Bíblia Protestante.
[2] Wikipedia, verbete “Tanakah”.

Thursday, January 5, 2012

O AMOR DE DEUS

 

Pelo Rev. Jose Oliveira, M.Div.

amor de DeusO que é o amor de Deus? Será uma emoção, como muitos pensam que o amor é? O amor de Deus é um misto de vontade, ação e poder. É a vontade de Deus para as nossas vidas, a qual é sempre perfeita, o melhor que se possa experimentar; é o cuidado de Deus agindo e intervindo em nossas vidas e dispensando justiça a todos e todas situações possíveis, e, é o poder de Deus, presente em todas as formas de energias capacitando-nos a viver a vida que ele nos deu. Mas, em última análise, o amor de Deus é infinito, tanto em sua natureza como em seu poder, por isso, é também indefinível em toda a sua extensão. Sabemos e sentimos o amor de Deus, mas ele está além da nossa capacidade de compreensão. Porém, Jesus é a maior expressão do amor de Deus a nós e se o conhecemos, conhecemos tudo que é possível conhecer do amor de Deus, como o apóstolo Paulo declarou: “e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios até a inteira plenitude de Deus” Efésios 3:19. Em Cristo, podemos conhecer o amor de Deus, mas a sua compreensão excede o nosso entendimento. Existem três aspectos do amor de Deus que me impressionam cada vez que medito nele.

REAL

Assim como Deus não é nossa invenção, nem é o seu amor uma fabricação humana. Não é uma ilusão, não é uma figura de linguagem -- é uma realidade. A prova de que o amor de Deus é real é a realidade do próprio amor humano. Por que temos em nós, essa capacidade de amar aos outros ou a algo (pátria, princípios), mais do que a nós mesmos? Por que uns voluntariamente dão a sua vida por outros? Essa capacidade mostra que existe algo maior do que nós mesmos, isto é, amor que vem Deus, onde todo verdadeiro amor origina. O amor de Deus também se revela em nossa criação, dando-nos existência, desejando a nossa companhia e presença com Ele. Contudo, a prova inescusável do amor de Deus é a vinda de Jesus Cristo ao nosso mundo para nos revelar esse amor em sua plenitude e nos ensinar como relacionar com Deus como filhos e filhas amados do Pai.

IGUAL

Quando eu penso no amor de Deus, imagino que Deus me ama mais do que a qualquer outro ser em todo o Universo. Eu sei que não é verdade, mas como somente posso sentir, pessoal e intimamente, o amor que Deus dispensa a mim, em particular, tenho essa impressão. Contudo, sabemos que não é possível que Deus ame a alguém mais ou menos do que outros. Deus ama a todos os seus filhos igualmente. A razão para isto é simples. O amor de Deus não tem gradação, está sempre a na sua força máxima, a qual é infinita. Agora, a nossa recepção desse amor é finita, parcial e inconstante. Um dia posso sentir-me mais amado por Deus que outros, mas isso é devido à flutuaçoes presentes em minha natureza, não no amor de Deus. Deus ama a todos seus filhos e filhas, sempre, e da mesma maneira.

SUPERNAL

Desde que o amor de Deus não tem flutuações -- está sempre na sua infinita força e poder -- é também, para nós a mais superna experiência da vida. Assim como Deus deseja que o amemos sobre todas as coisas, seu amor por nós também se eleva, em nossas vidas, acima de tudo. Não há nada com que possamos comparar o amor de Deus. A razão disso é por que assim como Deus é um ser único, sem comparação, assim também é o seu amor. Entre nós, seres humanos podemos exaltar o amor materno, o amor de um homem por uma mulher e vice-versa; mas, ainda que estas expressões de amor humano possam ser ricas experiências em nossas vidas, não superam, nem de longe, o amor de Deus, pois o amor de Deus é superno, superior a tudo.

Às vezes, quando ouvindo certas musicas, exaltando tanto o amor humano me pergunto: como podem essas pessoas falar tão grandemente do amor humano, algo que, a rigor, somente deveria ser dito do amor de Deus. Então penso em duas possibilidades: ou essas pessoas estão pensando somente em termos humanos, ou, nunca experimentaram o amor de Deus no fundo de seus corações, porque quando você experimenta o amor de Deus, nunca mais você dirá que ama um ser humano, mais do que tudo na vida, como eu ouço em muitas músicas. Nada, absolutamente nada se compara ao amor de Deus!

Reverendo Jose Oliveira é ministro presbiteriano e o diretor do Instituto Teológico Simonton. Se você deseja conhecer mais do amor de Deus, conheça melhor a Jesus Cristo. Se você quiser estudar a respeito do amor de Deus, matricule-se no Instituto Teologico Simonton, onde este atributo de Deus é estudado em profundidade em várias matérias de nosso currículo. Para tanto, siga o link abaixo:

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Wednesday, January 4, 2012

O Profeta Jeremias

 
clip_image002Pelo Rev. Jose Oliveira
O Livro do profeta Jeremias é um dos mais lidos em todo o Antigo Testamento. Talvez a razão para tal seja o fato que poucos profetas no Antigo Testamento se mostram tão humanos como Jeremias. O livro de Jeremias é considerado um dos Profetas Maiores, juntamente com Isaías, Ezequiel e Daniel, título dado em razão do tamanho desses livros. Jeremias profetizou por mais 40 anos durante os reinos dos cinco últimos reis de Judá, até ao exílio do povo. Além do livro que leva o seu nome, também é atribuída a Jeremias a autoria do livro de Lamentações, onde o profeta faz uma ode à destruição e desolação de Jerusalém.

Vida
Jeremias exemplifica aqueles casos em que Deus chama alguém ao ministério ainda muito jovem. Quando Deus chamou a Jeremias ele resistiu, a princípio, dizendo ser ainda uma criança e não saber discursar. Mas Deus insistiu, e, através de um anjo, tocou-lhe a língua com uma brasa viva, símbolo da capacitação para a pregação da mensagem de Deus. Pertencendo a uma família de sacerdotes, Jeremias era bastante ligado às tradições religiosas de seu povo. Devido às tribulações sofridas no seu ministério, suas reclamações diante de Deus pela vida dura que levava, e por ser considerado o autor do livro de Lamentações, Jeremias é chamado “o profeta chorão”, cunha que talvez lhe roube um pouco da seriedade que devotou à sua vida ministerial, mas que revela a sensibilidade de um homem realmente com íntima comunhão com Deus. Acrescente às dificuldades experimentadas por Jeremias, o fato que ele foi proibido por Deus de casar-se, e então você entenderá que a vida deste profeta foi bastante árdua.

Ministério
Deus chamou Jeremias a profetizar em 626 BC, no início do reavivamento espiritual liderado pelo rei Josias em Judá. O ministério de Jeremias foi, mormente, um de denúncia dos pecados do povo e isso lhe causou muita dificuldade, pois nem os líderes, nem o povo em geral estavam dispostos a aceitar as palavras de Jeremias, especialmente ao final de sua carreira. O povo cria que sendo “eleito” de Deus, nada lhes atingiria -- exatamente o contrário da mensagem de Jeremias. Em seu ministério, Jeremias foi torturado, jogado em uma cisterna, desacreditado, zombado e sabe-se lá quanto mais, que não foi registrado no seu livro. Jeremias pregava destruição, calamidade, arrependimento e por isso sua mensagem não era aceita. Aqueles eram tempos extremamente dificíeis para ser oposição, mas ele cumpriu sua missão até o fim,e hoje, desfruta no rol dos profetas um lugar de proeminência especial para o povo de Deus.

Mensagem
A mensagem de Jeremias foi a causa de seus sofrimentos. Ele ressentia esse tipo de mensagem, pois em Jeremias 20:8, lemos “Pois sempre que falo, grito, clamo: Violência e destruição; porque se tornou a palavra do Senhor um opróbrio para mim, e um ludíbrio o dia todo.” De fato, a mensagem que Deus dera a Jeremias era tão dura, que ele, certa vez, resolveu não pregá-la mais; mas, a experiência de não pregar foi ainda mais terrível do que pregá-la: “Se eu disser: Não farei menção dele, e não falarei mais no seu nome, então há no meu coração um como fogo ardente, encerrado nos meus ossos, e estou fatigado de contê-lo, e não posso mais.” Jeremias 20:9. Como um profeta, a missão de Jeremias era, revelar a vontade de Deus, chamar o povo ao arrependimento e anunciar a esperança. O povo não estava disposto a se arrepender, e, ainda que se arrependesse, a esperança anunciada era tão-somente que cada um permaneceria com vida, mas a destruição viria de qualquer maneira – era uma esperança limitada que poucos queriam aceitar.

Jeremias, pelas peculiaridades de seu chamado, ministério e vida, se tornou uma das mais interessantes figuras da Bíblia, cujo livro e mensagem têm sido instrutivos, século após séculos, tanto aos judeus como aos cristãos. Se você deseja conhecer mais do livro de Jeremias, a vida e ministério desse profeta, o Instituto Teológico Simonton oferece duas matérias que tratam com esses temas: Introdução ao Antigo Testamento e Profetas Maiores. Para maiores informações siga o link abaixo:
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Quando Deus Chama o Profeta...

Pelo Rev. Jose V.S. Oliveira, M.Div.
chamado de DeusO chamado ao ministério é um assunto interessante em Teologia Prática. Alguns discutem se o chamado ao ministério é diferente do chamado a andar e viver com Deus, para o qual Deus chama a todos, indistintamente. Eu, particularmente creio que o que acontece é uma combinação desses dois tipos de chamado... Primeiro, Deus chama a todos para a salvação; após o indivíduo ter aceitado o chamado para a salvação, Deus chama a todos estes para o serviço, dependendo de como cada um responde a este chamado, Deus da este um ministério em particular, ordenado, ou não. Eu diria que receber um ministério é um processo de seleção, mas baseado em nossas respostas ao chamado de Deus.
Nesta oportunidade, eu gostaria de compartilhar três pensamentos a respeito ao chamado de Deus ao ministério, com o risco de haver mencionado algum deles em outras oportunidades.
1. O Chamado ao Ministério é Algo Entre Você e Deus.
Deus pode utilizar pessoas para fazê-lo consciente do chamado, como por exemplo, outro profeta, assim como Elias chamou a Elizeu, mas ainda que você possa ter um Mestre, Mentor, só você pode dizer se tem ou não um chamado ao ministério, porque só você pode responder esse chamado, ninguém mais. Em geral, se você tem um chamado de Deus, você terá tido uma experiência que reflita isso. Essa experiência pode ser um processo de conscientização ao longo de um tempo, ou pode ser uma experiência fulminante como foi para Paulo na Estrada de Damasco. Essa experiência é a sua prova de seu chamado e é a ela que você deve retornar, sempre quando se sentir em dúvida do seu chamado ao ministério.
2. O Chamado é Algo Irrevocável
Paulo disse que “os dons e os chamados de Deus são irrevocáveis”. Isso significa que Deus não se arrepende. Quando Ele dá um dom, está dado, quando ele chama, está chamado. A Bíblia é clara o dizer que “Deus não é homem para que se arrependa”, com isso dizendo que o homem, sim, pode se arrepender de haver aceito o chamado de Deus, mas Deus nunca se arrepende de o haver chamado. O profeta Jonas é um exemplo disso. Ele não quis aceitar o chamado de Deus, mas depois de convencido do contrário, voltou, e o chamado de Deus ainda estava de pé. Se você um dia foi chamado ao ministério, não pense que que por que você não aceitou naquela época, que o chamado esta anulado. De forma alguma, Deus não mudou de idéia e ainda espera que você o aceite. Por outro lado, todos nós que somos chamados, não podemos esquecer que o chamado é para sempre, para a eternidade.
3. O Chamado é Algo Para a Glória de Deus
Alguns filhos de Deus que são chamados para o serviço de Deus, pensam que são especiais aos olhos de Deus, pelo que foram chamados. Ledo engano. No reino de Deus, há trabalho para todos, e a todos Deus chama, por que ele não tem filhos favoritos. Na verdade, todos que são chamados a servir a Deus, deveriam saber que o serviço é importante, não o ego. Ego e serviço competem entre si. Se gasto minhas energias me preocupando comigo mesmo, não as tenho para o serviço de Deus. Por isso, ao atender ao chamado de Deus ao ministério, devemos por de lado o ego e focalizar nossos esforços no serviço a Deus.
Quando Deus chama o profeta para ser sua “boca”, este deveria lembrar-se de que há muitas “bocas”, como ele, a quem Deus chamou. Mas, se há algo que Deus não gosta de fazer é duplicar funções. Se ele chamou a você para um ministério, saiba que este é o SEU ministério, o qual é sua responsabilidade desempenhá-lo. Faça disso um assunto entre você e Deus, isto é, da máxima importância. Saiba que o chamado, uma vez dado, é irrevocável, para sempre. E ao desempenhá-lo, faça com todas as suas energias, inclusive aquelas que você dedicaria ao seu Ego.
Teologia Prática é a parte da teologia onde se estuda esses assuntos ministeriais como, por exemplo, o chamado ao Ministério. No Seminário, você não deveria se esforçar para saber se foi chamado ou não ao ministério. Chamado você foi, a questão é se você respondeu afirmativamente. Estudar teologia pode ajudá-lo no processo de conscientização e aceitação do seu chamado ao ministério. Se desejar estudar teologia, considere a nossa escola, o Instituto Teológico Simonton, na qual levamos a sério estes aspectos da Teologia Prática. Se desejar maiores informações, siga o link abaixo.
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Tuesday, January 3, 2012

O Evangelho

 
jesus - 21220o20sermao20da20montanhaVocê gosta de receber boas-notícias? Claro que sim! Todo mundo gosta de receber boas-notícias. O que não gostamos de receber são más notícias! A palavra “evangelho” significa exatamente isto: boas-notícias! A primeira vez que encontramos a palavra “evangelho” no Novo Testamento, é em Mateus 4:23, onde diz: ”E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo”. O “Evangelho do reino” eram as boas novas” que Jesus estava pregando e ministrando.
O que determina uma “boa-notícia”? Certamente é o conteúdo desta notícia, isto é, o benefício que esta notícia traz para você. Neste, caso o evangelho é a melhor boa-notícia de todas porque nos fala do amor de Deus, o Pai que deseja que todos os seus filhos se acheguem a ele. Hoje, vamos refletir na natureza do Evangelho como uma boa-nova. Há três aspectos que fazem do evangelho uma boa notícia, quais sejam:
1. O Evangelho é uma Mensagem de Deus
Muitas vezes podemos dizer se uma carta contém uma boa notícia, simplesmente verificando quem é o remetente, quem a enviou. Quando você recebe uma mensagem de Deus, você pode ter certeza de que é uma boa notícia, como aquela que Deus nos mandou, ao enviar Jesus a este mundo para nos mostrar o amor do Pai. Deus não lhe manda más-notícias; ainda que a mensagem de Deus possa lhe trazer uma advertência, ainda assim é uma boa notícia porque visa o seu arrependimento. De fato, a mensagem de Jesus era o Evangelho de Deus e também incluía um convite ao arrependimento: “veio Jesus para a Galiléia pregando o evangelho de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e é chegado o reino de Deus. Arrependei-vos, e crede no evangelho.” Mc 1:14,15.
2. O Evangelho é uma Mensagem de Salvação
Ainda que você possa ter uma expectativa de boas-novas, simplesmente pelo remetente, é através de verificar o conteúdo da mensagem que vai lhe confirmar se é uma boa notícia ou não. O Evangelho é uma boa notícia por que anuncia a salvação. Esta vida é um dom de Deus, mas é provisória, contudo, a boa notícia é que se você crê na mensagem de Jesus, que o Pai lhe ama e quer lhe dar vida eterna, você terá salvação, isto é, estará com Deus depois desta vida para toda a eternidade. A salvação eterna é a melhor notícia que o Evangelho nos traz, desde que creiamo-la e a aceitemos.
3. O Evangelho é uma Mensagem de Inspiração
Uma das mais importantes características das boas-novas é o efeito que elas causam em nós. Elas nos inspiram, encorajam, estimulam a continuar na vida, enfrentando os desafios, confiando em Deus e servindo aos outros ao nosso redor. Se cada pessoa receber a mensagem do Evangelho como uma boa-nova de Deus, será inspirada a seguir em sua vida com uma renovada esperança. A certeza do amor de Deus por nós, especialmente por nos enviar a Jesus Cristo, para que através dele possamos conhecer melhor o Pai, é a principal inspiração que o Evangelho nos traz.
Devido a estes aspectos constitutivos do Evangelho, podemos dizer com certeza absoluta que a mensagem que Jesus pregou é, sem dúvida, a melhor boa-notícia que a humanidade já recebeu em toda a sua história. Não fique desanimado por ver tantas más-notícias sendo propagadas diariamente pelos meios de comunicações. Há uma boa-notícia que supera a todas estas em importância, a boa notícia de que Deus nos ama com amor eterno e incodicional. Esta boa-notícia tem mudado a vida de milhões de pessoas desde a vinda de Jesus, e pode mudar a sua também, se ainda já não está mudando.

Rev. Jose Oliveira
Diretor do Instituto Teológico Simonton
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Monday, January 2, 2012

Em Que Posições Jesus Orou?

oracaoMuitas pessoas dão muita importância para o externo. Jesus criticou arduamente os escribas e fariseus por que eram desse tipo de pessoas -- preocupavam-se com o exterior e se esqueciam do interior. Deus vê ambos, tanto o exterior como o interior, e sabe quando estes dois estão em contradição ou não.
Jesus nos deu vários conselhos a respeito da oração. Ele nos disse, por exemplo, que a oração a Deus, em certos momentos deve ser privada, que devemos entrar em nosso quarto em secreto e orar ao nosso Deus que nos vê em secreto, querendo com isso dizer que a nossa relação com Deus, é um assunto pessoal entre ele e cada um de nós somente. Ele também nos ensinou que devemos ser persistentes e coerentes na oração. Ele nos contou a parábola da viúva e do juiz injusto, para nos dizer que nunca devemos desistir, mas persistir em nossas petições e ilustrou como a oração apesar das aparências pode ser inteiramente vazia, se referindo a uma oração típica de um fariseu, que se considerava melhor do que as outras pessoas.
Talvez alguns se espantem em saber que Jesus não tinha uma posição favorita para orar ao Pai celeste; ele se punha na posição em que era mais condizente com a situação do momento. Por exemplo, havia momentos tão graves, quando estava para experimentar os sofrimentos ligados à sua morte, que ele literalmente colocou o seu rosto em terra e orou ao Pai que, se possível, passasse dele aquela dura experiência, mas deixou claro que em primeiro lugar, estava resolvido a fazer a vontade dEle: “E adiantando-se um pouco, prostrou-se com o rosto em terra e orou, dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.” Mateus 26:39.
Outras vezes, quando em público, Jesus orava de pé, mesmo. Ele não queria impressionar homens, se ajoelhando na presença deles para mostrar o seu respeito pelo Pai; o respeito era implícito na vida santa de Jesus, e, mesmo de pé, ele orava ao Pai, como o fez na ocasião da ressurreição de Lázaro, agradecendo a Deus pelo milagre que haveria de realizar, pois o Pai havia consentido: “Tiraram então a pedra. E Jesus, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, graças te dou, porque me ouviste.”João 11:41.
Mas, em situações quando Jesus necessitava de tempo a sós com o Pai, ele se retirava e se punha de joelhos, respeitosamente orando ao Pai, como vemos em Lucas 22:41: E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e pondo-se de joelhos, orava”.
O importante a respeito das posições que Jesus assumia ao orar é que elas eram de acordo com o momento e de acordo com o seu sentimento. O mesmo deveria guiar as nossas atitudes em orações -- orar na posição que é mais apropriada para o momento e o nosso sentimento. Quando na cruz, Jesus não tinha outra posição em que orar, senão aquela em que forçadamente o puseram para morrer, de braços abertos; e mesmo ali, ele se lembrou de interceder por seus inimigos, dizendo: “Pai, perdoa-lhes por que não fazem o que fazem."
Oração é uma parte bastante importante na vida do crente, deve ser levada bastante a sério especialmente por aqueles que são ministro de Deus para o bem espiritual de outros. É por isso que em nossa escola, o Instituto Teológico Simonton, temos uma matéria acerca de Espiritualidade Pessoal na qual se aborda a prática da oração. Se você deseja saber mais a respeito da nossa escola, dirija-se a este link:
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Sunday, January 1, 2012

Três Palavras de Encorajamento para 2012

ano-novo-vida-novaNeste começo de ano, você vai ouvir e ler muita coisa sobre este ano de 2012. Uma das quais você vai ouvir em especial são as predições para o novo ano, especialmente com toda esta discussão do fim do Calendário Maya, alguns vão literalmente predizer o fim do mundo. Pela Bíblia, todos nós sabemos que haverá no futuro, um tempo chamado de Grande Tribulação, em que haverá bastante sofrimento para a humanidade. Alguns pensam que este tempo já começou, com todos estes terremotos, tsunamis, e mudanças climáticas. Mas na verdade, não há data marcada para estas coisas acontecerem...

Desde que o tom pessimista parece que vai dominar a discussão neste começo de ano, eu gostaria de me afastar dele e imprimir neste artigo, um tom positivo, de esperança, uma palavra de encorajamento para o ano que adentra. Encontro na Bíblia, três referências que me ajudam nesta tarefa:

1. “Tende Bom Ânimo, Eu Venci o Mundo” – disse Jesus.

Jesus era bastante realista, ele não fechava os olhos para os problemas da vida. Ele sabia que a vida aqui neste mundo não é fácil e sempre será plena de desafios. Ele disse “No mundo tereis aflições”. Ele não disse, “No mundo podereis ter aflições”, ele foi categórico¸ afirmando que teríamos aflições. Ninguém pode fugir delas. Jesus não fugiu, ele as enfrentou e ele foi vitorioso, “Eu venci o mundo”. Ele venceu porque ele confiou no Pai, se nós, como ele, também confiarmos no Pai, também venceremos seja qual for a aflição que mundo nos traga!

2. “assim andemos nós também em novidade de vida” – disse o apóstolo Paulo.

Neste ano de 2012, apesar de todo pessimismo presente, o crente que confia em Deus pode andar em novidade de vida. Isto significa ter a sua vida renovada a cada dia, pois “as misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã” e elas não têm fim, duram para sempre. Se há algo em sua vida que necessita ser mudado, transformado, abandonado, lembre-se de que, com Deus, tudo é possível e nada é impossível!

3. aguardamos novos céus e uma nova terra” – disse o apóstolo Pedro.

Não importa o que 2012 nos traga, nós, filhos do Pai, temos a esperança de “novos céus e nova terra”. Ao final, sabemos que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados segundo o seu propósito” -- estes somos nós. Coloque o seu coração nesta promessa de Deus, e, não importa o que venha, você a receberá.

Assim meus amigos, tenhamos sempre bom ânimo, pois estamos debaixo do cuidado do Pai, nada pode nos causar dano eterno, porque ele disse “Eu jamais te abandonarei!” Neste ano que se inicia, renove a sua confiança nEle, e tudo lhe irá bem, mesmo em meio aos desafios da vida!

Rev. Jose V. S. Oliveira, M.Div

Diretor do Illinois Theological Seminary e do Instituto Teológico Simonton

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